Entenda como funciona o nosso processo de aerolevantamento, quais são os produtos gerados e para que finalidade se usa cada um dos produtos.
Como comentamos na nossa última publicação, os voos de aerolevantamentos têm como resultado a obtenção de imagens georreferenciadas (com coordenadas geográficas e cotas de altitude), ou seja, o VANT ou Drone tiras fotos a cada X metros, de acordo com o plano do voo elaborado. Considerando que uma operação pode demandar vários voos, dependendo das dimensões da área, se tem como resultado uma quantidade relativamente grande de imagens.
A partir desse material, faz-se o processamento das imagens de forma que o software identifique os pontos em comum entre essas imagens. Juntando todos esses pontos (pontos homólogos), se obtém uma nuvem esparsa de pontos georreferenciados, ou seja, inúmeros pontos com coordenadas e cotas geográficas. Após isso é feita a densificação desses pontos, que nada mais é do que a projeção de pontos próximos a esses pontos homólogos, resultando em uma nuvem muito mais densa. Conforme dito anteriormente, essa nuvem possui muito mais pontos do terreno do que um levantamento topográfico tradicional.
Nuvem de pontos
Seguindo o processamento a partir da nuvem de pontos, obtemos diversos resultados, a seguir veremos alguns produtos que são gerados a partir dessa etapa.
Mosaico de Ortofotos
O mosaico de Ortofotos, também chamado de ortomosaico, é uma síntese de todas as imagens obtidas durante o voo, de forma que se parece uma imagem única que abrange toda a área sobrevoada. São imagens de altíssima resolução espacial, de 2,93 cm/pixel em um voo a 120m de altura com um sensor Sony APS-C, por exemplo. O que representa uma resolução muito superior em relação às imagens obtidas por satélites comerciais.
Atualmente utilizamos o mosaico de Ortofotos para fazer a vetorização de áreas, que é basicamente o processo de demarcação das diversas feições existentes no terreno, como por exemplo estradas, construções, áreas de cultivo, vegetação nativa, campo etc. Com as feições vetorizadas, elaboramos os Mapas Temáticos de Cobertura e Uso do Solo, também chamados de Levantamentos Cadastrais, que são utilizados para Licenciamentos Ambientais de empreendimentos e para caracterização de propriedades rurais.
Modelo 3D
O modelo 3D ou malha é um produto de alta resolução que permite uma análise das elevações da área, trazendo realidade à visualização. De maneira didática, pode-se dizer que é uma grande teia que conecta toda a nuvem de pontos, formando triângulos entre eles, sendo fundamental para a criação do Modelo Digital de Elevação (DEM).
Modelo Digital de Elevação
Esse produto, considerado uma superfície, possibilita a observação das variações de relevo da área, a partir do qual pode se elaborar mapas planialtimétricos e gerar curvas de nível, o que é de grande valia para projetos topográficos de instalação de linhas de transmissão de energia elétrica, de gás e estradas, por exemplo. No setor agropecuário, o conhecimento da declividade do terreno é uma informação básica para identificação de áreas com potencial risco para ocorrência de erosão projetos de terraceamento.
Modelo Digital de Terreno (MDT): é um produto do Modelo 3D que engloba apenas os pontos de terreno, excluindo a vegetação e as construções que estão localizadas sob o terreno. A partir do MDT são geradas as curvas de nível do solo, que são fundamentais à compreensão de relevo. Além disso, o Modelo Digital de Terreno é utilizado para a realização de medições volumétricas em locais de interferência humana ou vegetação no solo.
Modelo Digital de Superfície (MDS): considerado também um produto do Modelo 3D, representa as informações altimétricas de solo exposto, da vegetação e das edificações que se encontram na área sobrevoada. O MDS é muito utilizado para levantamentos cadastrais, deixando mais evidente a visualização dos diferentes elementos que se encontram na área.
Medição Volumétrica
A construção dos modelos digitais é de importância em locais onde é requerida a medição volumétrica, sendo possível fazer um cálculo preciso da variação de volume de um material em questão. Por meio da comparação entre duas superfícies de momentos temporais diferentes, é possível calcular a diferença de relevo de uma área que sofreu extração ou aterro de material. Esse produto fornece, com alta precisão, o controle de inventários de materiais de grande volume como, por exemplo, pilhas de minerais e madeiras. A partir de uma análise frequente de aerolevantamentos, essa medição proporciona um controle de retirada de material com mais facilidade e agilidade do que métodos mais tradicionais.
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